Com emoção, por favor!

Não sei se você já foi em um desses passeios de buggy, em que o motorista pergunta se é com ou sem emoção…

Eu já! E me fodi porque o buggy capotou na praia. Mas não tô aqui pra falar desse rolê de quase 25 anos atrás. O negócio é que a minha vida, sempre foi com muita emoção.

Choros, risos, gargalhadas, ataques de raiva, explosões memoráveis e etc. Fora a minha depressão, que sempre foi “controlada” na raça, sem uso de remédios.

Em novembro do ano passado, eu estava internado, sem falar, me mexer ou fazer qualquer outra coisa fora ver TV e usar a fralda. (Entendeu, né?).

Me consultei com um psiquiatra que me passou um antidepressivo e remédio pra dormir. Óbvio que eu aceitei, porque era uma condição atípica.

Passados alguns meses, eu já em casa, falando, comendo, sem a fralda e fazendo exercícios pra retomar a condição física, sinto que tem alguma coisa errada.

É como se eu não tivesse mais emoções. Não consigo ficar triste, feliz, com saudades, nervoso, chorar, gargalhar…

Pra mim, isso é muito estranho. Afinal, eu perdi a minha principal característica: a sensibilidade. É foda isso.

Eu tô querendo parar com o antidepressivo, acho melhor sentir tudo, seja bom ou ruim, a não sentir nada. Claro, que mediante a opinião da médica!

Pra mim, foi bom durante um tempo, mas talvez isso esteja me segurando na hora de vislumbrar passos maiores, ter novos sonhos.

Ontem, vendo uma série em que o professor perguntava aos alunos quais eram seus sonhos, me vi sem essa resposta.

Logo eu, que vivia a sonhar, as vezes até acordado…

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